A procura por casas para comprar em Portugal continua elevada, alimentada por incentivos como a descida dos juros, a isenção de IMT Jovem e a garantia pública para menores de 35 anos, a par dos altos custos do arrendamento. Contudo, o mercado mostra sinais de estabilização no ritmo de subida dos preços das casas à venda. Em maio, o custo mediano de comprar casa atingiu os 2.851 euros por metro quadrado (euros/m2), refletindo uma subida homóloga de 7,4% — o mesmo aumento anual registado em abril. Em termos trimestrais, a subida dos preços das casas foi de 4%.

Preço das casas a subir em 15 grandes cidades

Em maio, comprar casa ficou mais caro em 15 capitais de distrito, com Beja (28,8%), Ponta Delgada (19,2%), Setúbal (18,7%) e Santarém (16%) a liderarem a lista. O preço das casas também aumentou na Guarda (12,3%), Coimbra (12,2%), Faro (11,3%), Évora (11%), Funchal (6,5%), Braga (6%), Porto (5,9%), Leiria (4,3%), Portalegre (3,3%), Lisboa (1,8%) e Bragança (1,2%).

Já em Aveiro, o custo da habitação manteve-se praticamente estável entre maio de 2025 e o mesmo período do ano passado (0,4%). Em sentido contrário, os preços desceram em Viseu (-4,9%), Viana do Castelo (-2,4%) e Castelo Branco (-1,1%).

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.720 euros/m2. Porto (3.768 euros/m2) e Funchal (3.574 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (3.289 euros/m2), Setúbal (2.800 euros/m2), Aveiro (2.526 euros/m2), Évora (2.411 euros/m2), Ponta Delgada (2.174 euros/m2), Coimbra (2.079 euros/m2), Braga (2.049 euros/m2), Viana do Castelo (1.887 euros/m2) e Leiria (1.613 euros/m2).

Por outro lado, as cidades mais económicas para adquirir habitação no país são Portalegre (840 euros/m2), Castelo Branco (893 euros/m2), Guarda (914 euros/m2), Bragança (977 euros/m2), Beja (1.192 euros/m2), Santarém (1.415 euros/m2) e Viseu (1.471 euros/m2).

Ilhas têm maiores subidas do custo da habitação

Analisando os 24 distritos e ilhas com amostras representativas, as maiores subidas dos preços das casas à venda no último ano ocorreram na ilha de Porto Santo (26,8%), ilha de São Miguel (25,8%) e ilha Terceira (19,7%).

As casas para comprar também valorizaram em Évora (16,7%), Portalegre (15%), Setúbal (13,9%), Santarém (12,3%), Beja (11,9%), Guarda (11,7%), Vila Real (11,5%), Porto (9,9%), Aveiro (9,6%), Faro (9,2%), ilha da Madeira (9,1%), Braga (8,6%), Lisboa (7,4%), Coimbra (5,7%), Leiria (4,2%), ilha de São Jorge (2,8%), Castelo Branco (2,5%) e em Bragança (2%).

Por outro lado, as únicas descidas dos preços das casas foram observadas na ilha do Pico (-0,6%), Viseu (-1,2%) e em Viana do Castelo (-2%).

O ranking dos distritos e ilhas mais caras para comprar casa é liderado por Lisboa (4.360 euros/m2), seguido por Faro (3.664 euros/m2), ilha da Madeira (3.351 euros/m2), ilha de Porto Santo (2.875 euros/m2), Porto (2.869 euros/m2), Setúbal (2.862 euros/m2), ilha de São Miguel (2.124 euros/m2), Aveiro (1.873 euros/m2), Braga (1.749 euros/m2), Leiria (1.720 euros/m2), Évora (1.498 euros/m2), ilha do Pico (1.471 euros/m2), Coimbra (1.464 euros/m2), Viana do Castelo (1.453 euros/m2), ilha Terceira (1.444 euros/m2), Santarém (1.312 euros/m2) e ilha de São Jorge (1.251 euros/m2).

Já os preços mais económicos para adquirir habitação encontram-se na Guarda (771 euros/m2), Portalegre (827 euros/m2), Castelo Branco (874 euros/m2), Bragança (900 euros/m2), Vila Real (1.088 euros/m2), Viseu (1.130 euros/m2) e Beja (1.246 euros/m2).

Açores apresenta maior subida de preços entre as regiões

Nos últimos 12 meses, os preços das casas à venda aumentaram em todas as regiões do país, destacando-se a Região Autónoma dos Açores (20,8%), seguida pelo Alentejo (13,8%), Área Metropolitana de Lisboa (9,3%), Região Autónoma da Madeira (9,3%), Algarve (9,2%), Norte (7,3%) e Centro (7%).

A Grande Lisboa, com 4.020 euros/m2, continua a ser a região mais cara para adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.664 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (3.342 euros/m2) e a região Norte (2.361 euros/m2). Do lado oposto da tabela, o Centro (1.554 euros/m2), o Alentejo (1.709 euros/m2) e a Região Autónoma dos Açores (1.709 euros/m2) permanecem como as regiões mais baratas para comprar casa.

Índice de preços imobiliários

O índice de preços imobiliários analisa os preços de oferta, com base nos metros quadrados construídos, e elimina anúncios atípicos e fora de mercado. Inclui a tipologia “moradias unifamiliares” e descarta anúncios sem interação pelos utilizadores, resultando numa mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

O mercado imobiliário português continua a ser dinâmico e em constante evolução, refletindo as variáveis económicas e sociais do país.