Num momento em que o Crédito Habitação para comprar casa está a ficar mais caro com a subida da Euribor, importa compreender todos os indicadores associados ao empréstimo da casa. Um deles é o spread, que é a margem de lucro do banco quando concede um Crédito Habitação. E há dois tipos de spreads a ter em conta: o spread base e o spread contratado.
Desde logo, importa saber que nos Créditos Habitação com taxa de juro variável, a taxa de juro do empréstimo – a chamada TAN (Taxa Anual Nominal - resulta da soma de duas componentes: o spread e a Euribor contratada (prazo a 3,6 ou 12 meses).
Enquanto as taxas Euribor variam consoante as flutuações do
mercado monetário e financeiro e das decisões do Banco Central Europeu sobre as
taxas de juro diretoras – que subiram em 50 pontos base no dia 21 de julho -, o
spread é “livremente definido pela instituição de crédito para cada contrato de
Crédito à Habitação”, esclarece o Banco de Portugal (BdP).
Spread base e contratado: em que diferem?
O spread base é a margem de lucro determinada pela
instituição financeira, sem contratação adicional de produtos do banco. E há
que ter em atenção que para determinar o spread, a instituição pondera um
conjunto de fatores, tal como explica o supervisor português:
- risco de crédito do cliente;
- garantias do empréstimo;
- Rácio loan-to-value (LTV): ou seja, a relação entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel sobre o qual é constituída uma hipoteca.
LTV (Loan-to-Value): O que é e quais as implicações no Crédito Habitação
Para determinar o spread, os bancos têm em conta a relação entre risco e preço, ou seja, às operações com maior risco será atribuído preço superior.
Se além do Crédito Habitação, também contratares outros
produtos junto do banco (como cartões de crédito ou seguros), então poderás
aceder aos spreads contratados, que têm taxas mais atrativas, tal como
explicamos neste artigo. “Algumas instituições de crédito concedem uma redução
do spread ou de outros encargos no Crédito à Habitação aos clientes que
adquirem, ao mesmo tempo, outros produtos ou serviços financeiros”, explica o
regulador liderado por Mário Centeno.
Fonte: Idealista
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