Segundo os dados divulgados pelo INE há 3 anos, os valores relativamente às pessoas que viviam em condições de insuficiência do espaço habitacional, em taxa de sobrelotação, não passava dos 10%. Em 2021, os valores chegaram aos 10,6%, o risco de viver numa situação de falta de espaço habitacional era mais elevado em situações de risco de pobreza.

Conforme o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado, em Portugal o valor percentual de 10,6% das pessoas confirma que as mesmas residiam em alojamentos com número de divisões habitáveis (≥ 4 m²). Este número é insuficiente para o número e o perfil demográfico dos membros do agregado familiar.

Na região do Algarve e na Região Autónoma dos Açores estes valores não aumentaram tanto, aumentou mais nas restantes regiões de Portugal, como no Norte, Centro e Área Metropolitana de Lisboa.

18,8% era o número de famílias que vivia em risco de pobreza e 13,2% famílias residentes em áreas com alguma população. A taxa de sobrelotação da habitação notou-se com valores mais elevados na população mais jovem (17,5%), enquanto na idade adulta e idosa apresentou 10,9% e 4,4%.

Ao nível de despesas da habitação no mesmo ano era de 10,5%, correspondendo ao número de pessoas que compunha o agregado, sobre o rácio entre as despesas anuais com a casa e o rendimento disponível, superior a 40%.

A população com grau mais elevado de risco de pobreza apresentou uma carga de despesas cerca 22,9%.

O Instituto Nacional de Estatística afirmou que, “a taxa de sobrecarga das despesas em habitação, em 2021, não apresentava diferenças expressivas conforme o grau de urbanização da área de residência dos indivíduos, sendo 6,6% nas áreas densamente povoadas, 5,8% nas medianamente povoadas e 4,5% nas pouco povoadas”.

 

 

Fonte: SUPERCASA

 

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