Na propriedade onde se encontra o Mosteiro de Santa Maria, na Quinta dos Frades, no Lumiar, em Lisboa, vai nascer uma residência de estudantes privada com capacidade para 779 quartos/estúdios. Foi, até 2019, um espaço de contemplação e consolo espiritual, onde viviam em clausura algumas monjas dominicanas.
Segundo informações, trata-se de uma propriedade com 1,3 hectares que passa desapercebida devido à paisagem densamente urbanizada, encontrando-se ao lado da movimentada Avenida Padre Cruz. E ali vai ser construída uma residência de estudantes, sendo que o projeto imobiliário prevê a preservação do edifício do convento, incluindo, no entanto, a construção de seis novos blocos habitacionais e a criação de um arruamento.
Serão, ao todo, mais 22.000 metros quadrados (m2) de área de construção total, feita numa área de implantação de cerca de 5.000 m2. O promotor imobiliário do projeto é a Alea Capital Partners, empresa gestora de capitais alicerçada em “ativos alternativos”.
Mas o que estará por trás desta transformação? A cidade de Lisboa vive uma crescente procura por residências estudantis que ofereçam não só conforto mas também uma localização estratégica, e o antigo mosteiro, delegado a um espaço de habitação, pode ser uma resposta a essa necessidade. A localização, que proporciona fácil acesso a várias instituições de ensino superior e ao centro urbano, torna-se um ponto-chave para estudantes que procuram um espaço que alie estudo e vida social.
Além disso, o projeto foi desenhado de forma a garantir que a beleza arquitetónica do convento seja mantida, o que representa um importante pilar na preservação do património histórico em Lisboa. Esta escolha de preservar o edifício original e integrá-lo nas novas construções é um passo consistente na tentativa de equilibrar o progresso com a conservação da identidade cultural da cidade.
Com a construção desta nova residência, espera-se não só incrementar a oferta de alojamento para estudantes, mas também revitalizar a área, promovendo um maior convívio social na Quinta dos Frades. Se tudo correr como planeado, a nova estrutura poderá estar em funcionamento dentro de alguns anos, tornando-se um novo marco na paisagem do Lumiar.
Os impactos sociais desse projeto são indiscutíveis. O aumento da população estudantil na área pode levar à dinamização de comércio local, restaurantes e serviços, criando uma nova vida em torno da antiga propriedade religiosa. Para muitos jovens, esta nova residência será mais do que apenas um lugar para dormir; será um espaço de convivência, aprendizagem e crescimento.
Assim, ao invés de ser apenas um local de contemplação, o Mosteiro de Santa Maria está prestes a se tornar um pomar de oportunidades para a nova geração. As potencialidades culturais que surgirão com o técnico e a interligação da vida estudantil à rica história do espaço prometem não só inovar como também educar e inspirar.
Por isso, mantenha-se atento a este projeto, pois as mudanças parecem promissoras e reveladoras da nova era de Lisboa, que não só acolhe o passado, mas também constrói um futuro vibrante para seus habitantes.