A taxa de inflação acelerou, em termos homólogos, para 2,6% em julho, sendo o quarto mês consecutivo de aceleração do Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Portugal. Este aumento gera preocupações entre os cidadãos que sentem o impacto direto nas suas despesas do dia-a-dia.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando uma tendência que muitos já temiam. “A variação homóloga do IPC foi de 2,6% em julho de 2025, 0,2 pontos percentuais acima da taxa registada no mês anterior,” afirma o INE. Esta subida revela que o custo de vida continua a subir, afetando o poder de compra das famílias.

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 2,5%, ligeiramente acima dos 2,4% verificados em junho. A variação negativa do índice dos produtos energéticos manteve-se em -1,1%, um sinal de que nem todos os setores estão a ser afetados da mesma forma.

Por outro lado, a inflação dos produtos alimentares não transformados continua a crescer, atingindo 6,1% em julho, elencada principalmente pelo aumento de preços da fruta, cujo índice subiu para 10%. Este aumento sucede após uma sucessão de meses em que a fruta viu um incremento significativamente elevado nos seus preços, o que levanta questões sobre a sustentabilidade da alimentação à medida que os preços se tornam cada vez mais altos.

Observando a variação mensal do IPC, esta diminuiu para -0,4%, comparativamente a 0,1% do mês anterior. A variação média dos últimos 12 meses manteve-se em 2,3%, o que é um indicativo de uma estagnação em termos de inflação, apesar das flutuações númericas.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) obteve uma variação homóloga de 2,5%, também superior à dos meses anteriores e, segundo o INE, superior em 0,5 pontos percentuais à média da zona do Euro. Esta diferença sugere que os consumidores portugueses estão a enfrentar um aumento de preços mais acentuado do que os seus vizinhos europeus.

A inclusão de bens alimentares e energéticos na bolsa de produtos examinados para a inflação é crucial, já que estes elementos têm um impacto significativo no dia-a-dia das famílias. Se os preços dos alimentos e da energia continuam a aumentar, isso poderá pressionar as finanças domésticas, levando a cortes em outras áreas de consumo.

A situação atual requer atenção das autoridades e vigília constante por parte dos cidadãos. O aumento da inflação pode ser um sinal de mudanças macroeconómicas que precisam de ser geridas eficientemente para evitar um cenário de crise. Neste sentido, o debate sobre como lidar com a inflação e o impacto sobre a população é cada vez mais pertinente.

Portanto, os consumidores devem estar atentos aos desenvolvimentos económicos e pensar cuidadosamente na sua gestão financeira à medida que as condições mudam. A inflação é uma realidade com a qual todos terão que lidar e, enquanto cidadãos, a melhor estratégia é estar sempre informados e preparados.