Revolução Habitacional no Porto: 124 Casas de Renda Acessível em Parceria Inédita!
O município do Porto, em colaboração com o Grupo Ageas, estabelece um marco importante na luta por habitação acessível, dando início a um inovador projeto conhecido como Jardins do Oriente. Esta iniciativa, com o objetivo de erguer 124 casas para arrendamento acessível, visa apoiar famílias da classe média que enfrentam dificuldades em encontrar residências a preços acessíveis no mercado atual.
A proposta, que está a ser desenvolvida na freguesia de Campanhã, representa o primeiro grande acordo de build to rent no país. O Grupo Ageas Portugal funcionará como investidor, enquanto a construtora Garcia Garcia será responsável pela execução do projeto.
Tipologias das Habitações
As 124 habitações que serão disponibilizadas para arrendamento incluem uma variedade de tipologias:
- T0 (2 fogos);
- T1 (36 fogos);
- T2 (71 fogos);
- T3 (15 fogos).
As rendas destes imóveis estão projetadas para serem “significativamente abaixo do valor de mercado”, variando entre 525 euros e 950 euros por mês, consoante a tipologia. Os contratos estabelecerão um período mínimo de arrendamento de 10 anos, proporcionando assim uma estabilidade necessária para as famílias.
Modelo Sustentável e Inovador
Segundo Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, este acordo não acarretará qualquer encargo adicional para o município. O município atuará como arrendatário, suportando o pagamento das rendas e sendo compensado através dos valores pagos pelos subarrendatários, que são os beneficiários diretos do programa de rendas acessíveis.
O único custo assumido pela autarquia diz respeito a eventuais subsídios que possam ser atribuídos, que se estima que representem cerca de 160 mil euros por ano.
Um Exemplo para o Futuro
O projeto Jardins do Oriente é considerado um exemplo inovador de sinergia entre o setor público e o privado. Luís Menezes, CEO da Ageas Portugal, sublinha que este é o primeiro investimento privado em grande escala para arrendamento acessível em Portugal e expressa a esperança de que o sucesso deste projeto inspire mais investimentos na área da habitação acessível.
Esta colaboração foi pensada para ser um modelo a ser replicado no futuro, não apenas em Porto, mas potencialmente em outras regiões do país. Rui Moreira afirmou claramente: “Este será um modelo a replicar no futuro (...) para criar mais habitação com dignidade”.
Compromisso com a Inclusão
Na visão de Miguel Garcia, administrador da Garcia Garcia, a empresa vê esta inovação como uma forma concreta de contribuir para o acesso à habitação pelos cidadãos da classe média, alinhando-se assim com um compromisso de maior inclusão e sustentabilidade nas cidades.
Com a previsão de que as habitações estejam disponíveis para arrendamento até ao final do ano e uma execução estimada em 24 meses, o projeto Jardins do Oriente promete transformar a paisagem habitacional do Porto e oferecer uma solução eficaz para as necessidades habitacionais da comunidade.
O avanço deste projeto irá ser discutido na próxima reunião do executivo municipal, marcada para o dia 16 de junho, que promete trazer mais detalhes sobre este passo significativo na política de habitação no Porto.
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