A Associação dos Instaladores de Portugal (AIPOR) tem solicitado o prolongamento da taxa de IVA reduzida a 6% para equipamentos de ar condicionado e painéis solares, defendendo que esta medida é essencial para impulsionar a descarbonização e a eficiência energética em Portugal.

A partir do dia 1 de julho, os equipamentos de ar condicionado, os painéis solares térmicos e fotovoltaicos, bem como as turbinas eólicas, vão passar a ter uma taxa de IVA de 23%, um aumento significativo em relação aos 6% que vigoravam desde 2022. Este aumento representa um peso financeiro extra para os consumidores e um potencial entrave à aquisição de equipamentos fundamentais para a transição energética.

A AIPOR justifica o pedido de extensão da taxa reduzida, afirmando que é crucial para a adoção de práticas sustentáveis por parte dos consumidores. A presidente da AIPOR, Celeste Campinho, enfatizou que a continuidade da taxa reduzida é um incentivo necessário para que as pessoas e empresas possam fazer escolhas que beneficiem o ambiente.

Com a crescente urgência em combater as alterações climáticas, a descarbonização é um objetivo essencial para o futuro das próximas gerações. O compromisso de Portugal com as metas ambientais e de eficiência energética, de acordo com o Plano Nacional de Energia e Clima 2030, depende das decisões que tomamos hoje.

A eliminação da taxa reduzida de IVA não é apenas uma questão de economia; trata-se de um passo em direção à sustentabilidade e uma barreira para a transição energética. O custo adicional que os consumidores irão enfrentar pode levar a uma diminuição na procura de produtos que contribuem para reduzir as emissões de carbono e promover uma utilização mais eficiente da energia.

Enquanto cidadãos, é importante estarmos atentos a estas mudanças e às suas implicações. A luta pela eficiência energética e a redução da pegada de carbono deve ser uma prioridade coletiva, e cada decisão financeira que tomamos tem um impacto no meio ambiente.

Com compromissos europeus e globais em jogo, o incentivo e a sensibilização do mercado são mais importantes do que nunca. Estender a taxa reduzida poderia significar mais adesão a práticas sustentáveis, ajudando consumidores e empresas a investirem em soluções energéticas renováveis, resultando em um futuro mais verde.

Assim, a questão permanece: será que o aumento do IVA irá desestimular as pessoas a fazerem investimentos em energia renovável e eficiência energética? Ou será que conseguiremos encontrar formas de tornar estas soluções mais acessíveis e atraentes? O diálogo sobre estes temas é essencial e deve continuar a ser uma prioridade nas discussões públicas.