Escândalo no Hospital de Ponta Delgada: Descubra a Verdade por Trás da Construção do Hospital Modular!
A recente comissão de inquérito ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) em Ponta Delgada, nos Açores, trouxe à tona conclusões alarmantes sobre a construção do hospital modular que levanta sérias dúvidas. Segundo o relatório, as decisões tomadas não foram suportadas em estudos técnicos e económico-financeiros, o que levanta preocupações em relação à legalidade e à regularidade financeira dos processos envolvidos.
Dúvidas sobre a Legalidade e Regularidade Financeira
De acordo com a comissão de inquérito, os processos de contratação relacionados com a conceção, construção e operação do hospital modular revelaram-se altamente questionáveis. Não foi possível confirmar se os procedimentos legais e administrativos necessários para a adjudicação do hospital foram cumpridos. A falta de documentação adequada e a ausência de declarações dos responsáveis que tinham competência para a tramitação contratual deixam espaço para incertezas.
Um Incêndio que Mudou Tudo
No dia 4 de maio de 2024, um incêndio devastador afetou o HDES, forçando a transferência de doentes e a necessidade urgente de instalar um hospital modular. Este, segundo o relatório, foi uma decisão apressada, sem uma avaliação comparativa adequada com uma possível recuperação do edifício principal.
Construção Sem Sustentação Técnica
O relatório afirma que não existiram estudos prévios aprofundados que justificassem a construção do hospital modular. As opções foram tomadas no calor do momento, sem um plano estratégico claro. A escolha da estrutura modular foi feita sem se considerar adequadamente outras alternativas, como a reabilitação do hospital original, que, segundo especialistas, poderia ter sido uma opção viável.
Limitações da Estrutura Modular
A estrutura modular apresenta várias limitações, incluindo problemas com a capacidade de internamento, as dimensões das urgências e das salas de espera. As inadequações em climatização, compartimentação e áreas de descanso são apenas algumas das falhas apuradas pela comissão de inquérito.
Custos Exorbitantes e Prazo de Execução Excessivo
O hospital modular, inicialmente orçado em 12 milhões de euros, acabou por custar cerca de 40 milhões de euros. O prazo de execução também se estendeu para mais de 180 dias, uma situação que contradiz a urgência da resposta à crise provocada pelo incêndio.
Um Documento que Deverá Ter Consequências
As conclusões do relatório foram unânimes no parlamento açoriano e resultarão na remissão do documento ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Há uma clara necessidade de responsabilização por parte dos envolvidos em todo este processo, uma vez que a saúde da população açoriana está em jogo.
Conclusão
O caso do hospital modular em Ponta Delgada é mais do que um incidente, é um verdadeiro escândalo que revela falhas profundas na gestão da saúde pública na região. O futuro da saúde nos Açores depende da transparência e da responsabilidade que devem ser levadas a cabo para que tais situações não se repitam. A população merece saber a verdade sobre o que realmente aconteceu e quais serão os passos seguintes para corrigir estas injustiças.