Como os Cortes nas Taxas do BCE Estão a Moldar o Futuro Financeiro da Europa
As tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia (UE) mantêm-se, enquanto a economia da zona euro continua a lutar para recuperar. Apesar de uma queda abaixo dos 2% na inflação – um objetivo estabelecido pelo Banco Central Europeu (BCE) – o banco central europeu não deixou de atuar, cortando as suas taxas diretoras em 25 pontos base. A taxa dos depósitos assenta agora em 2%.
Zona euro com inflação abaixo de 2% - e melhores previsões
A recente descida da inflação para 1,9% em maio, abaixo da meta de 2%, surpreendeu analistas e palpites de mercado, preparando o terreno para novos cortes nas taxas de juro. Isso foi o que motivou o BCE a aprofundar a sua política de alívio monetário, em que a atual inflação subjacente também revela uma leve queda, situando-se em 2,4%.
Economia europeia surpreende - mas continua fraca
Apesar de a zona euro ter visto um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre de 2025, os analistas indicam que esse crescimento é frágil e está repleto de incerteza, particularmente devido às tensões comerciais ainda existentes. O comércio poderá sofrer enquanto os investidores permanecem cautelosos frente a possíveis novas tarifas.
Analistas antecipam mais um corte dos juros do BCE em 2025
Com as projeções de crescimento do PIB a cair para valores abaixo do esperado e um ciclo de cortes a esgotar-se, há consenso entre analistas de que um novo corte nas taxas poderá ocorrer em setembro de 2025. Relatos indicam que essa poderá ser uma das últimas quedas, dado que a margem de manobra do BCE está a encolher.
As próximas reuniões do BCE
As reuniões do BCE são cruciais para o futuro financeiro da Europa. A próxima reunião está agendada para 24 de julho de 2025. As deliberações que ocorrem a partir daí poderão influenciar significativamente a economia da zona euro.
Em suma, os desafios à frente da zona euro são vastos, mas as ações do BCE em resposta às diminuições na inflação e ao crescimento económico atípico sugerem que ainda há espaço para mudanças, que poderão muito bem determinar o cenário financeiro em um futuro próximo.