O Governo Regional da Madeira está a tomar medidas ousadas para enfrentar o déficit habitacional que afeta a região. Com a proposta de Orçamento para 2025, que aloca 143 milhões de euros ao setor da habitação, está a posicionar a habitação como uma prioridade política. Este investimento visa não só a construção de mais habitações, mas também a criação de um ambiente propício para que os madeirenses tenham acesso a casas a preços acessíveis.
De acordo com o secretário regional das Finanças, Duarte Freitas, serão concluídos até ao final de 2024 um total de 370 fogos, dos quais 25 já foram entregues. Isto é um sinal claro de que o governo está a levar a sério a crise habitacional enfrentada por muitos cidadãos. Para 2026, espera-se que mais 290 habitações sejam disponibilizadas, provenientes de empreendimentos já em fase de execução.
Uma das iniciativas mais interessantes do governo é a criação de uma ‘task force’ dedicada exclusivamente à habitação. Esta equipa terá a responsabilidade de identificar terrenos viáveis para construção e promover colaborações entre o setor público e o privado. A introdução de uma equipa multidisciplinar mostra um comprometimento em acelerar a construção e a oferta de habitação na região, numa altura em que a procura é cada vez maior.
O mercado imobiliário da Madeira tem enfrentado pressões significativas nas últimas décadas. A escassez de habitação acessível aumentou substancialmente, afetando principalmente os agregados de rendimento intermédio e baixo, que encontram dificuldades em conciliar as suas despesas com os preços de mercado. Com o investimento público e a nova estratégia orçamental, o governo regional espera aliviar esta pressão e melhorar as condições de vida dos madeirenses.
Nas discussões do Orçamento Regional e do Plano para 2025, que ocorrerão entre os dias 16 e 20 de junho, acredita-se que as propostas de habitação deverão ser uma das principais áreas de debate. As novas medidas propostas poderão ser um divisor de águas na política habitacional da Madeira, e a sociedade civil está atenta aos desenvolvimentos desta situação crítica.
Os madeirenses esperam com expectativa por soluções que possam realmente mudar o panorama habitacional da região. Com a nova abordagem do governo, há esperança de que casas a preços acessíveis se tornem uma realidade mais próxima, e que os cidadãos possam finalmente ter o direito à habitação digna garantido.
O que se espera agora é que estas promessas se concretizem e que o governo mantenha a sua palavra, promovendo um futuro mais justo e equilibrado na Madeira, onde todos possam ter acesso a um lar.