Descubra a Visão Revolucionária de António Costa Lima sobre Arquitetura e o seu Impacto Social e Cultural!

As palavras do arquiteto António Costa Lima ecoam como um mantra na sua carreira: "Uma casa não se faz só para quem lá vive. É uma peça dentro de um contexto, que influencia o tecido social, histórico e até emocional do lugar." Através desta reflexão, Costa Lima oferece uma profunda nova perspectiva sobre a arquitetura, que transcende a mera construção de edifícios.

A Semente da Arquitetura

Para António, a arquitetura foi sempre um caminho natural, originado nas memórias da sua infância, especialmente no que respeita ao seu avô e a uma casa na Serra da Estrela que o marcou profundamente. As suas lembranças dessa casa, os desenhos que viu e a estética que aprendeu desde pequeno, foram a base da sua paixão pela arquitetura.

O Trabalho no Atelier

Desde 2012, António Costa Lima tem gerido o seu próprio atelier, uma extensão do trabalho iniciado no coletivo L Arquitectos. Para ele, cada projeto é um desafio saboroso, onde a sua equipa se entrega totalmente para encontrar soluções sensíveis e culturalmente responsivas. "Gosto de pensar que é a qualidade do trabalho que traz mais trabalho", afirma o arquiteto, refletindo a sua ética de que a excelência é a chave para o sucesso no mundo da arquitetura.

Habitação como Foco Principal

Embora António tenha uma visão ampla que o prepara para qualquer desafio arquitetónico, sua especialização na habitação, tanto unifamiliar quanto multifamiliar, destaca-se. Ele considera que o arquiteto deve estar sempre pronto para as mais diversas situações e que a vida, muitas vezes, nos orienta naturalmente para áreas específicas.

Orçamento Ilimitado: Um Duplo Lado da Moeda

O arquiteto aborda a questão do luxo na arquitetura: um tema que pode ser tanto um aliado quanto um obstáculo. Reforça que, mesmo com orçamentos ilimitados, surgem complicações que podem desvirtuar o que a arquitetura deve representar. A sua abordagem é clara: a arquitetura deve ser significativa, e não um mero capricho. Costa Lima argumenta que, se bem defendidos, os conceitos do arquiteto podem ser ainda mais valorizados na ausência de restrições financeiras, mas ao mesmo tempo admite que limitações orçamentais podem fazer com que o projeto se torne mais interessante e criativo.

A Evolução da Valorização da Arquitetura

A valorização da arquitetura tem evoluído com o tempo, mas Costa Lima ainda se depara com um problema recorrente: a remuneração dos arquitetos. "Não há arquiteto que não diga que a remuneração está longe de ser justa". Para ele, é imperativo que haja uma maior sensibilização da sociedade sobre o impacto e o valor da arquitetura, que afecta não só quem reside nos espaços, mas toda a comunidade e o futuro das cidades.

Projetos Futuros

António Costa Lima expressa um desejo efervescente de realizar mais projetos na área cultural e de equipamentos sociais, considerando que ainda pode dar muito a esses campos. Ele destaca que as oportunidades são enriquecedoras e ampliam o seu leque de experiências profissionais.

A Diferença entre Projetar para Famílias e Escolas

Por fim, António Costa Lima reflete sobre a enorme diferença que existe entre projetar uma casa para uma família e criar uma escola. No entanto, ele também aponta que ambas têm um ponto em comum: a necessidade de compreender o impacto que a arquitetura terá no contexto social e emocional. Cada espaço que projeta serve uma função maior, conectando-se com a comunidade.

António Costa Lima não vê a arquitetura apenas como uma profissão, mas como uma responsabilidade social que deve ser assumida com seriedade e amor. A sua visão inovadora continua a moldar o futuro da arquitetura em Portugal, inspirando futuras gerações de arquitetos a abraçar a sua função no tecido social.