É um fenómeno em crescendo em Portugal: a corrida ao crédito habitação está a ganhar cada vez mais força. Em maio, os bancos concederam cerca de 2.045 milhões de euros em novos empréstimos para a compra de casa, o que representa um aumento assombroso de 46% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Mas quem são os responsáveis por este aumento? Os jovens estão a desempenhar um papel fundamental nesta dinâmica!

Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam que, apenas na finalidade de habitação, o valor dos novos contratos aumentou 250 milhões de euros em relação ao mês anterior. Um crescimento mensal de 14% e um extraordinário aumento anual de 46% são factos provados que não podem ser ignorados.

Os jovens são os grandes dinamizadores do mercado hipotecário, beneficiando de medidas como a isenção de IMT e a garantia pública que lhes facilitam o acesso ao crédito. Em maio, os contratos de crédito habitação concedidos a mutuários com 35 anos ou menos representaram 58% do total dos novos contratos para habitação própria permanente. Um número que demonstra claramente a crescente envolvência dos jovens no mercado imobiliário.

Juros em Níveis Históricos Baixos

Um dos fatores que contribui decisivamente para esta situação é a redução dos juros no crédito habitação. Em maio, a taxa de juro média dos novos contratos caiu para 2,92%, o valor mais baixo desde setembro de 2022. Essa descida propicia maior acessibilidade aos empréstimos, tornando a aquisição de casa um objetivo mais alcançável para muitos jovens e famílias.

Além disso, o BdP reporta que a taxa de juro média de novas operações de crédito à habitação teve a maior redução dos últimos nove meses, descendo para 2,96%. Este valor é inferior à média europeia de 3,30%, o que coloca Portugal numa posição favorável comparativamente com outros países da zona euro.

Esta descida dos juros deve-se não apenas à diminuição da Euribor, mas também à crescente procura por taxas mistas, que oferecendo uma estabilidade inicial, tornam os empréstimos mais acessíveis. Em maio, 72% dos novos créditos à habitação foram contratados com estas taxas misturadas.

A média da taxa de juro para os contratos a taxa mista foi de 2,82%, e as taxas variáveis também registaram uma redução significativa, descendo para 3,01%. Este cenário torna o crédito habitação uma opção atrativa para muitos, especialmente para os jovens que buscam estabilidade no seu futuro.

Terminamos este artigo com uma nota encorajadora: a situação atual do crédito habitação em Portugal não só promove o sonho da casa própria, como também revitaliza o mercado imobiliário. Com juros em queda e políticas favoráveis ao acesso ao financiamento, o caminho parece promissor para os jovens compradores à procura do lar ideal.