Num momento em que as cidades são desafiadas a reinventar os seus espaços culturais para responder a uma população cada vez mais diversificada e participativa, os novos equipamentos já não se limitam a uma única função. Os centros culturais do século XXI são híbridos, fundindo arte, lazer, conhecimento, natureza e vida comunitária num só local.
É exatamente isso que propõe o novo Complexo Cultural e Artístico de Hengqin, concebido pelo atelier. O edifício, de forma arqueada e escalonada, integra uma biblioteca, um museu, um teatro e um extenso jardim urbano no telhado, tudo numa só estrutura, desenhada para se abrir à envolvente e acolher os habitantes da cidade.
Um jardim com diferentes níveis e funções
A cobertura do edifício é um dos elementos mais marcantes: uma grande estrutura ajardinada em socalcos, que desce dos 36 para os 24 metros de altura, criando várias plataformas acessíveis ao público. Cada uma tem uma função distinta:
- A plataforma inferior funciona como parque infantil, com zonas de jogos, areia, cafés e áreas para famílias.
- A zona intermédia oferece jardins tranquilos e refeitórios para visitantes e trabalhadores.
- A plataforma superior é um jardim de bambu com um sistema de jardim de chuva, com espécies vegetais adaptadas ao clima local.
“Duas escadas em caracol convidam os visitantes a subir até à plataforma mais alta, onde se deparam, em primeiro lugar, com o jardim de bambu”, explica o estúdio responsável pelo projeto.
O arco mais alto dá acesso à Sala do Conhecimento, uma grande biblioteca aberta a leitores de todas as idades. No centro do edifício encontra-se a Sala de Espetáculos, com um amplo palco aberto e um teatro do tipo caixa negra, concebido para espetáculos de música, dança, teatro e ópera. A terceira secção é a Sala de Exposições, um espaço banhado por luz natural através de uma série de claraboias circulares, que a equipa apelidou de “buracos de queijo”.
Os tetos abobadados destas três salas estão revestidos com painéis de bambu e madeira, que conferem uma atmosfera quente e natural ao interior. Além disso, as amplas claraboias envidraçadas permitem reduzir a necessidade de luz artificial, em linha com uma estratégia de sustentabilidade ambiental que se estende a todo o projeto.
Uma cobertura que floresce
Um dos aspetos mais distintivos do edifício é a sua grande cobertura ajardinada em socalcos, que desce dos 36 até aos 24 metros de altura, num gesto que dialoga com a paisagem e cria múltiplas plataformas abertas ao público. Esta cobertura não é apenas um elemento visual, mas sim um espaço vivo, onde se realizam atividades comunitárias, encontros e momentos de lazer.
Cada nível tem uma função distinta: a plataforma mais baixa foi concebida como um parque infantil, com zonas de jogos, caixas de areia, cafetarias e espaços para famílias. No nível intermédio, encontram-se jardins tranquilos e refeitórios para o pessoal e os visitantes. A plataforma superior acolhe um jardim de bambu e um sistema de jardim de chuva, com espécies vegetais adaptadas ao clima local.
“Duas escadas em caracol convidam os visitantes a subir até à plataforma superior, onde se deparam primeiro com um jardim de bambu”, explicam no estúdio.