A presidente do Banco Central Europeu (BCE) considerou, no dia 1 de julho de 2025, que a meta do banco central foi atingida, depois de terem sido conhecidos dados que indicam que a taxa de inflação na Zona Euro deverá ter sido de 2% em junho.

'Estamos a 2%, é a meta que temos tido e é a projeção que a nossa equipa indica para o médio prazo', comentou Christine Lagarde no painel do Fórum BCE, que decorre em Sintra, quando questionada sobre os dados divulgados.

A responsável apontou que esta é uma 'meta atingida', algo que deve ser reconhecido, nomeadamente depois de se terem enfrentado 'choques massivos' e de se estar agora num processo desinflacionário.

Existem ainda, no entanto, 'muita incerteza, risco de fragmentação a aumentar e desenvolvimentos geopolíticos que preocupam', assumiu Lagarde, lembrando que estes causam um risco duplo para a inflação, tanto para acelerar como para abrandar.

Neste contexto, é necessário 'continuar a ser vigilantes e a cumprir o nosso alvo', salientou a responsável, defendendo que o BCE está 'numa boa posição para águas turbulentas'.

A taxa de inflação anual na área da zona euro terá sido de 2,0% em junho, contra 1,9% em maio e 2,5% no mês homólogo de 2024, de acordo com uma estimativa provisória.

Segundo o serviço de estatística da União Europeia, analisando as principais componentes da inflação na área do euro, espera-se que os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em junho (3,3%, em comparação com 3,2% em maio), seguidos pelos produtos alimentares, álcool e tabaco (3,1%, face a 3,2% em maio), bens industriais não energéticos (0,5%, em comparação com 0,6% em maio) e energia (-2,7%, comparado com -3,6% em maio).

O futuro continua a ser incerto, mas o BCE demonstra resiliência e uma capacidade de adaptação perante desafios significativos. A vigilância é chave para manter a estabilidade e garantir que a inflação se mantém sob controlo mesmo em tempos de turbulência.