Muitas vezes, a velhice traz consigo a solidão, casas vazias e grandes demais. Mas em breve, haverá uma nova alternativa residencial que permitirá aos idosos envelhecer em comunidade. Até 2026, vão ficar concluídas cerca de 60 habitações colaborativas que vão permitir alojar quase 2 mil pessoas em situação de vulnerabilidade.
Entre as candidaturas aprovadas e contratualizadas no âmbito do Plano e Recuperação e Resiliência (PRR), vão nascer cerca de 60 habitações colaborativas distribuídas por vários pontos do país, como nos concelhos de Alijó e Valpaços, no distrito de Vila Real.
Estas seis dezenas de habitações colaborativas representam um investimento público de cerca de 60 milhões de euros (financiado pelo PRR) e vão criar quase dois mil novos lugares para pessoas em situação de vulnerabilidade, permitindo-lhes envelhecer em comunidade e sem solidão.
Estas casas colaborativas vão ter várias tipologias (como T0, T1 e T2) e deverão estar prontas a receber idosos até ao final de março de 2026. Além das casas, estes projetos contam com outros espaços comuns, como hortas e zonas de convívio. Trata-se de uma nova geração de equipamentos e respostas sociais que está a ser criada, por exemplo, por instituições particulares de solidariedade social.
A ideia por detrás destas habitações é criar um ambiente de suporte emocional e social, onde os idosos possam conviver, partilhar e cuidar uns dos outros, reduzindo a sensação de isolamento que muitas vezes surge com a idade avançada.
Além disso, as habitações colaborativas favorecem a autonomia dos seus habitantes, permitindo-lhes ter um espaço próprio, enquanto também têm acesso a uma rede de apoio que pode incluir profissionais de saúde, assistentes sociais e voluntários que estarão presentes para ajudar no que for necessário.
Este modelo de habitação colaborativa é uma solução inovadora para os desafios que a sociedade enfrenta em relação ao envelhecimento da população. Ao invés de se isolarem em lares de terceira idade tradicional, os idosos terão a oportunidade de viver em ambientes que promovem a sociabilidade e a partilha.
A implementação destas habitações pode ainda contribuir para a revitalização de zonas mais rurais do país, trazendo novos habitantes e dinamizando a economia local.
Concluindo, as habitações colaborativas representam uma mudança significativa na forma como tratamos a velhice e o envelhecimento em Portugal. Não só oferecem uma solução para o problema da solidão, como também criam uma comunidade vibrante onde os idosos podem sentir-se valorizados e apoiados. O futuro parece promissor, e é um passo importante na construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária.