O verão está mesmo aí à porta e com ele chega também aquela vontade para arrumar a casa ou espreitar finalmente o que tens guardado na arrecadação.

No meio das limpezas, é fácil tropeçares em chinelos já sem sola, bóias furadas, brinquedos de piscina que já viram melhores dias ou até uma botija de água quente esquecida num canto qualquer. Dá vontade de despachar tudo para o ecoponto amarelo, mas será que é para lá que devem realmente ir?

Para onde devem ir chinelos, botijas de água quente e outros objetos de borracha?

A resposta não é o ecoponto amarelo. O ideal é levares estes objetos a um ecocentro, que são espaços preparados para receber tudo o que não encaixa nos ecopontos normais.

Espreita ainda se no teu município existem projetos de recolha específica ou de reutilização criativa. Algumas câmaras municipais, associações ou até lojas solidárias aceitam artigos de verão usados e dão-lhes uma nova vida. Se os teus objetos ainda estiverem minimamente em condições, podes considerar doá-los. Se não tiveres mesmo alternativa, podes sempre seguir esta ordem de prioridades:

  1. Reutiliza: os chinelos velhos podem virar bases para vasos, as bóias furadas darão ótimos sacos impermeáveis e os brinquedos de piscina podem ganhar nova vida como peças decorativas;
  2. Entrega numa loja solidária: há sempre alguém que pode dar uso ao que tu já não precisas;
  3. Lixo comum: só em último recurso, quando não houver mais nenhuma opção.

Onde fica o ecocentro mais próximo de mim?

Se não sabes onde fica o ecocentro mais perto de ti, dá uma vista de olhos na lista divulgada no site da Sociedade Ponto Verde. Existem ecocentros espalhados de norte a sul do país e podem ser encontrados em municípios como:

  • Almada;
  • Amadora;
  • Angra do Heroísmo;
  • Beja;
  • Porto;
  • Porto Santo;
  • Póvoa de Varzim;
  • Lisboa;
  • Viana do Castelo;
  • Vila do Conde;
  • Tavira;
  • Vila Real;
  • Seixal;
  • Sines.

Porque não devo colocar produtos de praia no ecoponto amarelo?

Antes de deitares alguma coisa no ecoponto amarelo, pensa primeiro se é uma embalagem? Se não serviu para embalar, guardar ou transportar um produto, não deve ir para lá. Abaixo elencamos uma lista de produtos que deves colocar no ecoponto amarelo:

  • Garrafas de plástico (de água, refrigerantes, detergentes…);
  • Embalagens de iogurte e manteiga;
  • Sacos de plástico;
  • Pacotes tipo Tetra Pak (como os de leite ou sumo);
  • Latas (de refrigerante, conservas, sprays…)
  • Tampas e caricas;
  • Bandejas e tabuleiros de esferovite.

Por sua vez, evita sempre deitar no ecoponto amarelo qualquer tipo de objeto feito de borracha, desde os chinelos de praia ou com materiais mistos.

Guia para reciclar corretamente os resíduos durante o verão

Para além destes produtos, nas tuas limpezas para o verão deverás ter em conta aquilo que deverá seguir pelos restantes ecopontos. No ecoponto verde serve apenas para embalagens de vidro, como garrafas, frascos e boiões. Objetos como espelhos, copos, pratos, lâmpadas ou jarras não devem ir para lá, mesmo sendo de vidro, porque têm composições diferentes que dificultam a reciclagem.

No ecoponto azul deverás deitar papel e cartão, desde que estejam limpos, secos e espalmados. Podes colocar lá caixas, jornais, sacos de papel ou revistas. No entanto, papel sujo, guardanapos usados, autocolantes, papel vegetal ou fraldas devem ser evitados. Também o cartão com gordura, como caixas de pizza sujas, não deve ser reciclado.

É verdade que o calor intenso acelera o desgaste?

Sim, o calor intenso pode acelerar o desgaste de muitos produtos usados no verão, sobretudo aqueles mais sensíveis à exposição solar e às altas temperaturas. Não te espantes se, de um verão para o outro, os chinelos, os brinquedos de praia, os insufláveis ou garrafas de água reutilizáveis começarem a apresentar rachas, deformações ou perda de cor.

Estes materiais, muitas vezes feitos de plástico, borracha ou silicone, tornam-se mais frágeis com o tempo e o uso prolongado ao sol. Quando perderem utilidade, não os deites no lixo comum nem nos ecopontos errados, opta sempre por um ecocentro ou procura campanhas de recolha especializada.