40 Anos da Adesão de Portugal à CEE: O Que Mudou no Poder de Compra dos Portugueses?
No dia 12 de junho de 1985, Portugal deu um passo significativo ao aderir à Comunidade Económica Europeia (CEE). Este momento não foi apenas um marco político, mas também levou a uma série de mudanças na economia do país, especialmente no que diz respeito ao poder de compra dos seus habitantes. Passados 40 anos, será que esta adesão trouxe os benefícios económicos esperados?
O Crescimento do Poder de Compra
O poder de compra em Portugal, calculado pelo Produto Interno Bruto (PIB) por habitante em paridade de poder de compra (PPC), mais do que duplicou desde 1985, passando de 10.500 euros para 22.200 euros em 2024. Esta evolução é um indicador importante da melhoria das condições de vida e da capacidade de compra da população portuguesa.
Comparação com a Média Europeia
Apesar do crescimento significativo, o poder de compra em Portugal ainda se mantém abaixo da média da União Europeia. Em 1980, a percentagem do poder de compra português era inferior a 60%, enquanto que, em 2024, atinge cerca de 81,6% da média europeia. Este aumento, embora possa parecer positivo, revela que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a paridade com os outros Estados membros.
Variabilidade ao Longo dos Anos
Durante estes 40 anos, o poder de compra em Portugal não evoluiu de forma linear. O país viu um máximo de 85% da média europeia no ano 2000, um período de crescimento económico, seguido de uma queda acentuada para 75,1% em 2012, durante a austeridade imposta pela troika. Este momento sublinha como fatores externos podem ter um impacto significativo na economia nacional.
Conclusão
A adesão à CEE trouxe sem dúvida melhorias significativas para Portugal ao longo destas quatro décadas, especialmente em termos de aumento do poder de compra. No entanto, a realidade é que, apesar deste progresso, os portugueses ainda enfrentam desafios para atingir uma igualdade económica com a média europeia. A análise continua sendo essencial para entender as dinâmicas da economia nacional e para planear futuras estratégias de crescimento.
Documentar e compreender essa evolução é fundamental não só para reconhecer os sucessos já alcançados, mas também para identificar áreas que ainda necessitam de melhorias. Portugal tem potencial para superar essas barreiras e continuar a crescer de forma sustentável.