A Câmara Municipal de Cascais entregou, esta segunda-feira, as chaves das primeiras 37 casas, de um total de 3.600, previstas no âmbito de um programa municipal de habitação, informou a autarquia, em comunicado, enviado à agência Lusa.
As habitações em Cascais destinam-se a arrendamento apoiado a 37 famílias, num total de 97 pessoas. Até ao final do ano, a autarquia do distrito de Lisboa prevê entregar mais 105 habitações, sendo que 60 casas serão com o regime de arrendamento apoiado e 45 arrendamento acessível, segundo o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD), citado no comunicado.
'Na habitação, iniciámos um processo que visa garantir que todos tenham direito a um lar digno. Soluções concretas para garantir que mais famílias, mais jovens e mais cascalenses tenham acesso a uma habitação digna', sublinhou o autarca social-democrata.
Estes apoios surgem no âmbito do programa municipal Habitar Cascais, integrado na Estratégia Local de Habitação, sendo que o arrendamento apoiado se destina a famílias com carências económicas e o arrendamento acessível a agregados familiares com rendimentos médios. O programa prevê a disponibilização de 3.600 habitações municipais até 2028, através da construção de novos empreendimentos e da reabilitação dos bairros existentes, com um investimento total estimado em 357 milhões de euros.
'Foi por isso que avançámos com a Estratégia Local de Habitação. Diagnosticámos as necessidades, planeámos soluções e mobilizámos recursos', segundo Carlos Carreiras, ainda citado na nota da autarquia. De acordo com o autarca, em 1993 existiam em Cascais 1302 barracas, onde viviam mais de cinco mil pessoas, e que o Plano Especial de Realojamento resolveu apenas 'parte do problema'.
'Com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), investimos 357 milhões de euros. O maior investimento público em habitação no nosso concelho e talvez um dos maiores do país. Até 2028, vamos disponibilizar 3600 novas soluções habitacionais', sublinhou. A Câmara de Cascais está a adquirir terrenos para chegar até aos 4000 fogos, tendo como objectivo manter um ritmo de construção de 800 casas por ano, durante 15 anos, acrescenta o comunicado.