Descubra Como a China Está a Revolucionar o Setor Imobiliário com um Fundo Público Bilionário!
A China, o país mais populoso do mundo, está a enfrentar uma crise no setor imobiliário que tem chamado a atenção global. Para contornar esta situação, o governo lançou um fundo público de habitação no valor de 10,9 biliões de yuan (cerca de 1,3 biliões de euros). Este fundo tem como objetivo oferecer uma alternativa viável aos empréstimos bancários, facilitando a aquisição de casa própria para os cidadãos chineses.
Nos últimos anos, o programa estatal de poupança, inspirado no modelo de Singapura, passou a ser uma fonte essencial de financiamento. Com bancos a adotar uma postura mais cautelosa devido à compressão das margens de lucro, a importância deste fundo aumentou drasticamente. Em 2023, pela primeira vez, o volume de empréstimos concedidos pelo fundo ultrapassou o dos bancos, atingindo 8,1 biliões de yuan em hipotecas ativas.
A Reação dos Especialistas
A diretora de investigação na China Index Holdings, Chen Wenjing, afirmou que este fundo é uma das principais medidas implementadas pelo governo para apoiar o mercado imobiliário que continua a sentir-se pressionado. A necessidade de aliviar os encargos com os empréstimos é crucial, especialmente num período em que muitos governos locais têm recorrido a este mecanismo.
As Desafios do Setor Imobiliário
As promotoras imobiliárias chinesas estão a passar por um período difícil, com uma previsão de queda de pelo menos 10% nas vendas em 2025. Essa queda reflete os desafios enfrentados pelas maiores promotoras, como a Country Garden, que registou uma diminuição de 28% nas vendas, levantando preocupações sobre a saúde financeira do setor.
Por outro lado, o fundo tem evoluído, para melhor utilização ao longo dos anos. Originalmente, várias restrições e limitações dificultavam o acesso ao crédito. Contudo, desde 2023, pelo menos 50 cidades alargaram os critérios de acesso e aumentaram os limites de crédito, permitindo que mais cidadãos possam beneficiar do fundo.
O Impacto na Economia
Apesar das tentativas de dinamizar o setor residencial, a recuperação do mercado imobiliário chinês continua frágil. Recentemente, o banco central da China reduziu as taxas de juro dos créditos concedidos através do fundo, tornando-os 0,9% mais baratos do que os empréstimos bancários. Entretanto, especialistas alertam que esta poupança é considerada “marginal” e pode não gerar um aumento significativo nas vendas de habitação.
Ao longo de 2024, o volume de empréstimos do fundo cresceu 3,4%, enquanto o crédito à habitação concedido por bancos comerciais recuou 1,3%. O fundo destaca-se pela sua liquidez robusta que provém das contribuições regulares de cerca de 180 milhões de trabalhadores e empregadores, proporcionando uma base sólida para continuar a apoiar o setor imobiliário.
Conclusão
O futuro do mercado imobiliário na China depende em grande parte da eficácia deste fundo público de habitação. Com uma abordagem inovadora para fornecer financiamento, espera-se que o governo possa mitigar a crise atual e permitir que mais cidadãos adquiram a sua casa própria. A situação continua a evoluir e será interessante observar como as polícias e medidas adotadas moldarão o setor imobiliário nos anos vindouros.