O Que Esperar da Compra de Casa em Portugal em 2024: Preços, Oportunidades e Desafios!
A compra de casa em Portugal ganhou um novo dinamismo em meados de 2024. Com as descidas dos juros e os novos incentivos fiscais destinados aos jovens, como a isenção de IMT e a garantia pública, as perspetivas para o mercado imobiliário são animadoras. Além disso, a descida das taxas de juro no crédito à habitação também vem a contribuir para tornar a compra de casa mais acessível.
No entanto, existe uma questão crítica a ser considerada: o stock de habitação disponível para venda continua a ser escasso. Muitas vezes, os preços que se praticam no mercado excedem o que uma família de classe média consegue pagar. Este desequilíbrio entre a procura e a oferta tem encarecido a habitação no nosso país, com os preços das casas a subirem 4,3% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Assim, o custo mediano para adquirir uma casa passou a ser de 2.693 euros por metro quadrado.
Cidades onde as Casas estão a Ficar Mais Caras
Em janeiro de 2024, os preços das casas para compra subiram em 18 das 20 capitais de distrito analisadas. Évora (17,3%), Beja (16,1%) e Vila Real (15,5%) lideram esta lista alarmante. Outras cidades com subidas significativas de preços incluem:
- Santarém (15,4%)
- Setúbal (14,5%)
- Leiria (12,3%)
- Ponta Delgada (10,6%)
- Bragança (10,2%)
- Viseu (8,6%)
- Funchal (8,6%)
- Coimbra (8%)
- Guarda (7,6%)
- Braga (7%)
- Faro (4,7%)
- Porto (3,2%)
- Castelo Branco (3,1%)
- Portalegre (3,1%)
- Viana do Castelo (1,5%)
Curiosamente, Aveiro viu os preços manterem-se estáveis, e Lisboa apresentou uma ligeira descida de -1,1%. No entanto, Lisboa ainda é a cidade mais cara para comprar casa, com um preço de 5.453 euros/m2.
As Cidades Mais Acessíveis para Comprar Casa
Por outro lado, as cidades mais económicas para adquirir uma habitação são:
- Guarda (844 euros/m2)
- Portalegre (874 euros/m2)
- Castelo Branco (894 euros/m2)
- Bragança (1.018 euros/m2)
- Beja (1.078 euros/m2)
- Santarém (1.395 euros/m2)
A Análise por Distritos e Ilhas
Uma análise mais profunda revela que os preços das casas aumentaram em 22 dos 25 distritos e ilhas analisados, com as maiores subidas a ocorrer na ilha de Porto Santo (19,2%) e em Évora (16,1%). Contudo, algumas áreas como Guarda (-2,5%) e Castelo Branco (-2,5%) viram os preços a descer.
Conclusão
Nos últimos 12 meses, a tendência é clara: os preços das casas à venda aumentaram em todas as regiões do país, tornando a compra de casa um desafio, especialmente para famílias com rendimentos medianos. A situação exige uma análise cuidadosa e planeamento rigoroso por parte dos compradores. Assim, é essencial que as autoridades e as instituições de crédito continuem a trabalhar em conjunto para facilitar o acesso à habitação, mantendo um equilíbrio saudável no mercado.