O Que Está a Acontecer com o Investimento Direto em Portugal? Descubra os Números que Ninguém Revela!
No primeiro trimestre de 2025, o Investimento Direto do Exterior (IDE) em Portugal sofreu uma queda significativa, com uma redução de 1.063 milhões de euros. Esta diminuição é notável por ser a primeira vez que o IDE regista um recuo desde o segundo trimestre de 2020, período marcado pela pandemia global.
Segundo os dados do Banco de Portugal, a queda do IDE deve-se em grande parte à redução da dívida de entidades residentes em relação a empresas não residentes do mesmo grupo económico. Com um total de -1,1 mil milhões de euros em transações de IDE no primeiro trimestre, este resultado representa uma diminuição em comparação com os 0,7 mil milhões no período homólogo.
A redução do IDE é ainda mais acentuada ao analisarmos a proveniência dos investimentos. O continente europeu foi o principal responsável por esta queda, com uma diminuição expressiva do investimento vindo de Espanha, que registou uma queda de até 3,1 mil milhões de euros. Contudo, essa descida foi parcialmente compensada por aumentos no investimento proveniente do Luxemburgo, da Bélgica e de França, que contribuíram com 0,4, 0,3 e 0,3 mil milhões de euros, respetivamente.
Em contraste claro, o Investimento Direto de Portugal no Exterior (IPE) teve um desempenho positivo. Nos primeiros três meses de 2025, o IPE aumentou em 1,3 mil milhões de euros, mesmo que tenha sido uma queda em comparação com os 1,9 mil milhões do ano anterior. O destacável é que o investimento foi principalmente direcionado para países da Europa, nomeadamente Países Baixos, Espanha e Alemanha.
Ao analisarmos os dados referentes ao investimento norte-americano em Portugal, a situação é igualmente intrigante. O stock de IDE realizado por investidores dos EUA em Portugal totalizava 4,0 mil milhões de euros até ao final do primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento significativo em comparação com os apenas 1,8 mil milhões registados no primeiro trimestre de 2019.
Estes números demonstram um crescimento de 70% do stock de IDE dos EUA em Portugal, que passou de 6,7 mil milhões para 11,4 mil milhões de euros entre 2019 e 2025. Este aumento evidencia o papel crescente dos investidores norte-americanos no panorama do investimento direto em Portugal.
De acordo com os dados mais recentes, o valor do IDE dos EUA em Portugal, na perspectiva do investidor final, representava 5,7% do total. Os Estados Unidos ocupam assim a oitava posição entre os principais investidores em território português.
Com todas estas oscilações no mercado de investimento, será interessante acompanhar a evolução do IDE e do IPE nas próximas semanas e meses. Com tantas mudanças e ajustes, os investidores e analistas permanecem atentos às tendências que irão moldar o futuro económico do país.
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