Resultados Surpreendentes nas Eleições Legislativas de 2025: O que os Portugueses decidiram e o que vem a seguir!

No domingo, dia 18 de maio, os portugueses foram a votos e os resultados trouxe grandes mudanças ao panorama político do país. A Aliança Democrática (AD), composta por PSD e CDS, saiu vencedora das mais recentes eleições legislativas, conquistando 89 deputados. Contudo, não conseguiram alcançar a tão ambicionada maioria absoluta.

Um dos grandes destaques desta eleição foi o crescimento do Chega, que sob a liderança de André Ventura, conseguiu eleger 58 mandatos, um aumento de 8 em comparação com os resultados do ano passado. Este crescimento mostra uma forte tendência de apoio ao partido, que se posiciona cada vez mais como uma força significativa na Assembleia da República.

A esquerda, por sua vez, foi a grande derrotada desta votação, com um foco especial na má performance do Partido Socialista (PS). O PS, que apenas recebeu 23,4% dos votos, elegeu o mesmo número de deputados que o Chega, levando o seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos, a anunciar a sua demissão do cargo.

Além do PS, o Bloco de Esquerda (BE) também sofreu uma queda significativa nas suas expectativas eleitorais, perdendo 4 deputados e ficando com apenas um assento, ocupado pela conhecida figura de Mariana Mortágua. A coordenadora do BE reconheceu a seriedade da derrota, mas ainda assim anunciou que se manterá como candidata à liderança do partido na convenção programada para novembro.

A CDU (Coligação Democrática Unitária) também navegou águas difíceis, perdendo um deputado e reduzindo a sua representação na Assembleia para apenas 3 deputados. Em contraste, o partido Livre, capitaneado por Rui Tavares, conseguiu uma leve vitória, aumentando a sua presença parlamentar de quatro para seis deputados.

Algumas surpresas surgiram nas formações mais pequenas, como o PAN (Pessoas-Animais-Natureza), que manteve o seu único assento com a sua líder Inês de Sousa Real, e o surgimento do novo partido Juntos Pelo Povo (JPP), que conquistou o seu primeiro deputado na Madeira, representado por Filipe Sousa.

Um fator positivo a notar nas eleições de domingo foi a diminuição da taxa de abstenção, que se situou nos 35,62%, a mais baixa em 30 anos. Fixando uma comparação, a última vez que a abstenção foi tão baixa foi em outubro de 1995. É importante salientar que esses valores não incluem ainda os eleitores que residem no estrangeiro, que determinarão os seus resultados a 28 de maio, quando serão conhecidos os quatro deputados que representam o círculo eleitoral fora do país.

Assim, as eleições de 2025 não só redesenharam o mapa político em Portugal como também deixaram muitos questionamentos sobre o futuro da esquerda e sobre como a direita e partidos emergentes conseguirão influenciar a agenda política nas próximas legislaturas. Nós, como cidadãos informados, devemos acompanhar de perto os desenvolvimentos e as mudanças que surgirão a partir destes resultados.