A Câmara de Alcanena marcou esta segunda-feira, 5 de maio de 2025, como um 'momento marcante' ao consignar a empreitada do 'Projeto Couros', iniciando a transformação do casco histórico com um foco especial na renaturalização ambiental e requalificação arquitetónica numa extensão de 2,5 hectares.

Esta iniciativa, descrita pelo presidente do município do distrito de Santarém como um 'projeto emblemático', é apoiada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e procura trazer à superfície linhas de água historicamente ocultas pelo edificado. Além disso, incluirá uma 'prospeção arqueológica muito importante', uma vez que a indústria de curtumes da região teve ali suas raízes.

"É um desafio grande, mas essencial para recuperar uma paisagem que estava até então esquecida, com um legado ambiental e industrial significativo", afirmou Rui Anastácio. A obra, dividida em duas fases, começou hoje com a demolição e a preparação do terreno pela empresa Eco Demo – Demolições, Ecologia e Construção, SA, num investimento inicial de aproximadamente 2,5 milhões de euros.

O projeto não só aponta para a melhoria da qualidade ambiental mas também para a criação de novas áreas de habitação a custos acessíveis. Desta forma, contribuirá significativamente para a revitalização de Alcanena, especialmente da sede do concelho.

Esta 'nova centralidade', como referido por Anastácio, ainda passará por uma segunda fase. Esta etapa dependerá dos resultados das pesquisas arqueológicas e culminará num projeto mais detalhado de paisagismo e na conservação de algumas estruturas históricas, mantendo a identidade e herança cultural da região.

"Com este projeto, Alcanena não apenas endereça desafios ecológicos e urbanísticos mas redefine sua própria essência, criando um espaço que valoriza tanto a sua história quanto o seu potencial de desenvolvimento futuro", concluiu o autarca.