Apesar de a situação de alerta ter terminado oficialmente no Cais do Ginjal em Almada, a circulação de pessoas continua interdita na área ribeirinha. A segurança está em jogo, com edifícios devolutos à espera de intervenção urgente.
A Câmara Municipal de Almada (CMA) confirmou que, apesar do fim da situação de alerta oficial na região, que vigorou a partir de 3 de abril e terminou às 23h59 do último dia de abril, a interdição vai continuar. Esta medida afeta o troço entre o terminal fluvial de Cacilhas e os restaurantes do Olho-de-Boi, e permanece enquanto não são realizadas as obras necessárias.
Segundo informações de autoridades locais, as estruturas presentes na região representam um perigo iminente, obrigando a demolições por motivos de segurança como parte das intervenções preventivas. O Grupo AFA, um dos proprietários dos edifícios no local, assegura que as demolições são necessárias e serão executadas mantendo a segurança de todos os envolvidos.
Adicionalmente, um amplo projeto de requalificação está planeado para o Ginjal, com um investimento previsto de cerca de 300 milhões de euros numa área de 90 mil metros quadrados. Este projeto inclui habitação, comércio, um hotel e espaços sociais. Já aprovado desde 2020 no âmbito do Plano de Pormenor do local, promete revitalizar a região.
Também é crucial destacar que os residentes vulneráveis que ocupavam os edifícios em risco foram devidamente realojados, garantindo a sua segurança. Inicialmente colocados numa área de apoio temporário, estão agora em alojamentos mais permanentes, com a Câmara de Almada a continuar a oferecer suporte neste processo de transição.