Segundo o "The Wealth Report 2025" da consultora imobiliária Knight Frank, os últimos dez anos trouxeram mudanças significativas no mercado imobiliário de luxo a nível global. Cidades como Dubai, Miami e Lisboa viram o seu poder de compra de imóveis de luxo diminuir em mais de 50%.
Em Dubai, por exemplo, o poder de compra caiu drasticamente. Se em 2014 era possível adquirir 188 metros quadrados por um milhão de dólares, em 2024 este valor permite comprar apenas 78 metros quadrados. Isto representa uma queda de 59% no poder de compra em apenas uma década.
Em Miami, a realidade não é muito diferente. Há dez anos atrás, um milhão de dólares comprava até 126 metros quadrados. Em 2024, o mesmo montante adquire somente 58 metros quadrados, refletindo a escalada de preços no mercado imobiliário premium dos Estados Unidos.
Lisboa não fica para trás nestas estatísticas impressionantes. A capital portuguesa, que em 2014 permitia a compra de uma casa de luxo de 187 metros quadrados com um milhão de dólares, hoje possibilita apenas a compra de 92 metros quadrados com a mesma quantia. Isto traduz-se numa redução de quase 100 metros quadrados, ou 51% menos espaço pelo mesmo valor.
Enquanto isso, outras cidades como Xangai, Los Angeles e Berlim também enfrentam quedas significativas, variando entre 42% a 47% no poder de compra. No entanto, nem todos os mercados seguem esta tendência. Londres, por exemplo, viu um aumento de 43% no espaço que pode ser comprado por um milhão de dólares, passando de 23 para 34 metros quadrados na última década.
Outros mercados como Mónaco e Nova Iorque também registraram aumentos modestos no poder de compra, evidenciando que não existe uma regra única aplicável a todos os mercados de imóveis de luxo globais.
Este panorama serve de alerta e ao mesmo tempo de guia para investidores e compradores de imóveis de luxo, mostrando a importância de compreender as dinâmicas locais e internacionais antes de fazer grandes investimentos.