Crédito Habitação a Taxa Mista em Portugal

Se na época do dinheiro barato, as famílias optavam mais por contratar créditos habitação a taxa variável e indexada à Euribor, agora a taxa mista é a opção para 7 em cada 10 famílias. Esta é uma solução que ajuda a ter alguma estabilidade financeira, pelo menos, no início do pagamento do crédito habitação, numa altura em que os juros se mantêm elevados.

Ao mesmo tempo que a Euribor mostra sinais de descida, a maioria das famílias continua a optar por contratar créditos habitação a taxa mista, que fixa os juros no período inicial do contrato seguido de outro período a taxa variável.

Há vários motivos que explicam esta elevada adesão às taxas mistas sentida em Portugal:

  • Estabilidade no início do contrato, com a fixação da prestação da casa.
  • Taxas fixas médias estão historicamente mais baixas que as taxas variáveis.
  • Bancos lançaram campanhas atrativas para atrair mais clientes.

Uma das instituições bancárias destacadas é o Banco CTT. Na sua campanha válida até 30 de junho deste ano, as famílias podem fixar os juros durante os primeiros dois anos do contrato a partir de 3,25%, seguindo-se a taxa variável indexada à Euribor com spreads desde 0,7%. Esta oferta tem uma TAEG que começa nos 4,8%, também disponível para transferências de crédito.

Esta oferta de crédito habitação a taxa mista, que fixa os juros desde 3,25% nos dois primeiros anos, requer um financiamento bancário igual ou inferior a 65% e a subscrição de seguros de "vida habitação" e "multiriscos habitação" no Banco CTT.

A dinâmica de contratação de créditos a taxa mista tem crescido substancialmente, refletindo não apenas a volatilidade da Euribor, mas também a necessidade de previsibilidade nas prestações iniciais. Os dados indicam que a contratação de créditos a taxa mista para habitação própria permanente tem mostrado um aumento notório, atingindo um peso significativo nos novos créditos em Portugal.