O presidente da Câmara de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, anunciou a criação de um novo centro tecnológico no município, com abertura prevista para o primeiro trimestre de 2025. O investimento total ascende a mais de 1,7 milhões de euros e tem o objetivo principal de promover a investigação científica no concelho.

Em declarações à margem do Festival Nacional de Robótica, o autarca detalhou que o financiamento destinado a equipamentos tecnológicos será de aproximadamente 1,3 milhões de euros. O projeto inclui, também, a reconversão de um edifício histórico, anteriormente pertencente ao Sporting Clube Courense, situado no centro da vila, com um investimento previsto de 464 mil euros na obra.

A remodelação do espaço deverá começar em junho deste ano e sua conclusão está agendada para o final de setembro ou início de outubro. Segue-se a fase de equipar o local, transformando-o numa 'fábrica escola', um ambiente propício para um aprendizado prático e direcionado.

'O pavilhão será equipado com áreas para robótica, soldadura avançada e programação informática, replicando o que estamos a vivenciar aqui no festival', explicou Vítor Paulo Pereira. O centro será primordialmente utilizado pelos alunos da EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior, promovendo uma formação integrada e alinhada com as demandas do mercado de trabalho atual.

O autarca sublinha a importância deste centro não só para o ensino técnico mas também para a atração de mais estudantes para o concelho, fruto das inovações pedagógicas propostas pela EPRAMI.

Este projeto é suportado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), refletindo a aposta contínua do município no sector da robótica. 'A existência de fábricas altamente robotizadas no concelho, tal como as do grupo Kyaia, molda a nossa visão de futuro e reforça o sentido desta iniciativa', acrescentou o presidente.

Vítor Paulo Pereira também mencionou que, contrariamente ao que muitos pensam, a robótica não tem como consequência a perda de empregos, mas sim o aumento da competitividade das empresas e a melhoria das condições de trabalho ao eliminar tarefas repetitivas, pesadas e perigosas. 'A inovação tecnológica tem trazido novas oportunidades de emprego, não despedimentos', concluiu.