O setor da construção em Portugal continua a experienciar crescimento, embora a um ritmo mais moderado, conforme indicado pelos dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em março, o índice de produção na construção apresentou um aumento homólogo de 3,0%, demonstrando um abrandamento de 1,6 pontos percentuais comparativamente ao mês anterior.
Este decréscimo na taxa de crescimento reflete-se tanto na construção de edifícios quanto na engenharia civil. A construção de edifícios teve um aumento de 2,3%, representando uma queda de 1,5 pontos percentuais em relação a fevereiro. Por outro lado, a engenharia civil viu o seu crescimento reduzir de 6,0% para 4,2%.
Quando analisamos os contributos individuais para a taxa de variação homóloga, a engenharia civil contribuiu com 1,6 pontos percentuais, um decréscimo face aos 2,3 pontos de fevereiro. Similarmente, a construção de edifícios contribuiu com 1,4 pontos percentuais, também abaixo dos 2,3 pontos do mês anterior.
Em relação à variação mensal, registou-se um recuo de 0,5% no índice de produção na construção, resultado de quedas de 0,7% na construção de edifícios e de 0,2% na engenharia civil.
No que diz respeito ao emprego e às remunerações no sector, observou-se um abrandamento no crescimento do emprego de 0,4 pontos percentuais, alcançando 2,6%. As remunerações, por sua vez, aumentaram 9,2%, uma redução em comparação com o crescimento de 10,9% registado em fevereiro. A variação mensal refletiu um aumento de 0,3% no emprego e de 5,0% nas remunerações.
Estes indicadores sinalizam um ajuste no ritmo de crescimento da construção em Portugal, alinhado com as variações económicas e os desafios que a indústria enfrenta atualmente.