Análise dos Movimentos do Mercado de Trabalho em Portugal: Emprego, Desemprego e Transições no Primeiro Trimestre de 2024

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou dados significativos sobre os deslocamentos no mercado de trabalho em Portugal nos primeiros três meses de 2024. Segundo as informações publicadas, cerca de 92 mil pessoas desempregadas conseguiram emprego, indicando uma mobilidade laboral considerável, com uma em cada quatro pessoas mudando de estatuto de desempregados para empregados.

Contrastando com esta dinâmica positiva, o relatório mostrou que 83,4 mil pessoas que estavam empregadas passaram a estar desempregadas entre janeiro e março. Este número evidência as oscilações constantes no mercado de trabalho que afetam a estabilidade económica e social.

No que concerne à manutenção do emprego, os dados indicam que 96,5% das pessoas empregadas no final de 2023 continuaram nas suas posições, o que representa cerca de 4,8 milhões de indivíduos. Por outro lado, 1,7% dos empregados perdeu o emprego, e uma taxa semelhante de 1,8%, que representa 91,3 mil pessoas, transitou para uma situação de inatividade.

Interessante notar também é a transição de trabalho a part-time para full-time, com quase 20% (precisamente 19,9%) das pessoas nessa condição, ou seja, 79,7 mil, a fazerem essa mudança nos primeiros meses do ano. Além disso, 3,3% dos trabalhadores mudaram de emprego, totalizando 159,4 mil pessoas que optaram por novas oportunidades ou condições laborais entre os dois trimestres assinalados.

Quanto à alteração de tipo de contrato, 22,5% dos trabalhadores com contrato a termo ou outro tipo no final do ano passado conseguiram um contrato sem termo entre janeiro e março. Adicionalmente, 9,7% das pessoas a trabalhar por conta própria transitaram para um regime por conta de outrem, revelando uma tendência de busca por maior segurança no trabalho.

Finalmente, a maioria das pessoas em situação de inatividade (94,1% ou 3,3 milhões) manteve-se sem alterações. Este dado mostra uma estagnação significativa que pode ter amplas implicações para o planeamento de políticas de emprego e sociais no futuro próximo.

Estes fluxos no mercado de trabalho refletem a complexidade e a dinâmica do emprego em Portugal, exigindo respostas adequadas por parte dos responsáveis pela criação de políticas, para garantir estabilidade e crescimento.