A possibilidade de conseguir elevados ganhos num curto espaço de tempo convence qualquer pessoa, desde o mais adestrado investidor ao comum jovem ainda na faculdade. Mas em pleno século XXI, já não falamos de ganhar dinheiro em jogos de sorte ou em esquemas "ponzi".

Falamos, sim, em Criptomoedas! Num mundo tão imediato, fugaz e cambiável, poucos são os que têm paciência ou vontade para analisar o mercado, estudar a bolsa... Mas a principal razão para este "boom" das Criptomoedas reside no facto de não ser necessário um grande capital para entrar na roda de investimentos.

Essa é uma das grandes vantagens das moedas digitais: com um milhar podem fazer-se milhões. O oposto de investimentos como o Mercado Imobiliário. Para entrar neste mercado, é necessário, no mínimo, uma aplicação de capital na ordem dos 100 e 150 mil euros, e os lucros não são tão chamativos nem tão imediatos.

Por isso mesmo, aos olhos de muitos, as Criptomoedas são o paraíso dos investimentos. Se analisarmos a evolução da bitcoin nos últimos 5 anos, percebemos que a primeira moeda digital no mercado teve um crescimento de mais de 500%: de cerca de 3 mil euros por bitcoin para 23 mil euros por bitcoin.

Perante este crescimento exponencial, é difícil resistir à tentação, certo? Mas a verdade é que nem tudo o que brilha é ouro. Se reduzirmos o horizonte temporal e olharmos apenas para o último ano, assistimos a um decréscimo de mais de 40%. A elevada volatilidade da Criptomoeda, em conjunto com a quase inexistência de regulação do mercado, torna a aplicação de capital em moeda digital num investimento de elevado risco.

Se a ideia é ter um investimento seguro e assente num bem real, então o Mercado Imobiliário é, definitivamente, uma boa opção. Isto porque, apesar das crises, as mais recentes provocadas pela pandemia de covid-19, pela invasão russa da Ucrânia e agora pela escalada da inflação e das taxas de juro - consequência dos primeiros dois - o Mercado Imobiliário continua, bastante pujante e com uma escassez de oferta especialmente nos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto.

Assim sendo, investir em imóveis, quer seja para arrendamento de longa duração quer seja para alojamento local, continua a ser uma boa decisão de investimento. No caso do arrendamento de longa duração, é possível obter taxas de rendibilidade na ordem dos 6% a 8%.

Já no alojamento local, com o turismo a ganhar novo fôlego e a chegar a níveis pré-pandemia, é possível, em cidades como Lisboa, ter taxas de ocupação entre os 60 a 70%.

Existem, obviamente, outros fatores a ter em conta no momento de investir num ou noutro mercado. Desde logo, o investimento em Criptomoedas é mais facilmente convertível em "cash". Contudo, nem sempre resulta em grande retorno do investimento, ou lucros garantidos.

Analisemos, a título de curiosidade, a primeira transação efetuada em Criptomoedas no Mercado Imobiliário, neste caso em bitcoins, feita a 5 de maio de 2022, para demonstrar o risco das transações em moeda virtual. Neste caso, o imóvel foi transacionado pelo valor de 5 bitcoins, o equivalente, à data, a 110 mil euros, de acordo com a informação comunicada pelas partes envolvidas na transação.

Entre o dia 5 de maio e 5 de agosto de 2022, a bitcoin sofreu uma desvalorização de 35%. Significa isto que o vendedor tem, neste momento, o equivalente a 70 mil euros em Bitcoins. Já o comprador tem um ativo mais valioso do que se tivesse mantido as bitcoins em carteira.

Pese embora ser dono de um imóvel também possa trazer dissabores, como questões estruturais no imóvel, reparações ou impostos associados, a longo prazo, este continua a ser um investimento mais seguro, com menor risco e assente num bem real.

 

Fonte: Dinheiro Vivo

 

Veja também o artigo:

Comprar Casa em Portugal com Criptomoeda

Português comprou terreno com Criptomoedas