Segundo dados do Eurostat, divulgados em agosto do ano passado, Portugal ocupa a 5ª posição do ranking de países em que os jovens saem mais tarde da casa dos pais. Para esta realidade muito contribui o preço das casas, mas também a situação profissional instável da população mais jovem, a incapacidade financeira e a falta de parceiro. A juntar a estes fatores, desde a crise de 2008, que ficou muito mais difícil obter um Crédito Habitação Jovem. Este tipo de operação nada mais é do que um empréstimo para a compra de casa que oferece condições especiais para jovens entre os 18 e os 35 anos.


Atualmente, apenas duas instituições financeiras oferecem condições especiais de financiamento para clientes jovens, o Novo Banco e o ActivoBank. As bonificações estendem-se ao spread, através da contratação de outros produtos ou serviços, e a uma redução nas prestações mensais durante os primeiros anos de amortização.


Recorde-se que atualmente, apenas é possível solicitar um empréstimo a 90% do valor da casa e desde o início do mês de abril que os prazos máximos do Crédito Habitação foram alterados. Isto significa que agora é mais complicado conseguir-se um financiamento a partir dos 30 anos já que:

  • O prazo máximo dos créditos à habitação permanece de 40 anos apenas para os mutuários até 30 anos.
  • Quem tem entre 30 e 35 anos, verá o prazo máximo recomendado descer para 37 anos.
  • Para os mutuários com mais de 35 anos, o prazo máximo do contrato recomendado pelo Banco de Portugal desce para os 35 anos.

Ainda assim, os jovens têm ainda a possibilidade de investirem num imóvel de banco e de adquirir um financiamento a 100% para facilitar as suas contas. Apesar desta modalidade ter sido restringida pelo Banco de Portugal à maioria dos empréstimos convencionais em 2018, caso as instituições financeiras tenham em carteira imóveis do seu interessa, pode conseguir um negócio mais abonatório em seu favor.

 

Pese as suas contas para conseguir determinar qual é a modalidade ideal para si. No entretanto, é conveniente ficar a par de alguns conceitos utilizados no mundo do Crédito Habitação:

Euribor – European Interbank Offered Rate: a taxa Euribor resulta de uma média das taxas de juro praticadas pelas principais instituições de crédito da zona euro para empréstimos no mercado interbancário. É um valor de referência a nível europeu.

Fiador: pessoa que garante o pagamento de uma dívida de terceiro, sob a forma de fiança. No caso de não pagamento da dívida de terceiro, é ao fiador que incumbe pagar o empréstimo e os respetivos juros.

LTV: trata-se do rácio que corresponde à percentagem a ser solicitada aos bancos relativamente ao valor do imóvel

Spread: o spread é a taxa de juro aplicada ao empréstimo, definida pela instituição bancária quando concede um financiamento com taxa variável. Representa a margem de lucro da instituição.

TAEG – Taxa Anual de Encargos Efetiva Global: taxa que contabiliza o custo total do crédito para o consumidor, expresso em percentagem anual do montante do crédito concedido. Inclui os juros, os impostos e outros encargos que lhes estejam associados, nomeadamente comissões e seguros exigidos.

Taxa de Esforço: percentagem que mede a capacidade do agregado familiar para cumprir os compromissos financeiros assumidos. Consiste na relação entre a prestação mensal relativa ao empréstimo e o rendimento do agregado.



Fonte: IMOVIRTUAL


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