A recente atualização do Painel Funcas, que agrega os principais serviços de estudos económicos de bancos, universidades e associações empresariais, apresenta previsões que continuam a surpreender o público: as descidas da Euribor poderão ser uma realidade no curto prazo.

A situação atual indica uma melhoria significativa nas estimativas, mostrando que até ao final do ano a Euribor a 12 meses deverá rondar os 1,9%, uma redução de dois décimos em relação às previsões anteriores. Os analistas consideram ainda que, pelo menos até ao final de 2026, o indicador deverá permanecer relativamente estável, com uma média estimada de 1,85%.

No mês de abril, a Euribor a 12 meses registou uma média mensal de apenas 2,143%, um valor que não se via desde agosto de 2022. Além disso, verifica-se que a maior queda homóloga foi a mais significativa desde o verão de 2009, sinalizando uma tendência positiva. Dados recentes apontam que em maio, a média chega a apostar em valores próximos dos 2%, aumentando o otimismo no setor.

O Painel Funcas sugere que a descida da Euribor permitirá prolongar as reduções nos pagamentos das hipotecas, uma notícia bem recebida por milhares de proprietários em Portugal. A contínua despromoção dos serviços de hipoteca pode trazer alívio durante um período em que as taxas de juro na zona euro ainda são uma preocupação.

O Banco Central Europeu (BCE) também está sob a lupa, uma vez que recentemente anunciou a sétima descida das taxas de juro desde junho do ano passado. Está previsto que mais cortes possam ocorrer, sendo que o cenário mais otimista antecipa pelo menos mais duas descidas nas taxas de juro. Se tal acontecesse, estas taxas poderiam estabilizar dentro do que é considerado o intervalo neutro pelos economistas do BCE.

O consenso global entre os especialistas aponta para um calendário mais curto para futuras descidas. Contudo, muitos acreditam que estas alterações já podem começar a ser visíveis em 2025. Por sua vez, o Painel Funcas mantém uma visão mais conservadora, sugerindo que o processo de descida continuará por mais 19 meses.

Grandes bancos de investimento, como o Goldman Sachs e o Bank of America, reforçam a ideia de que a situação é volátil, prevendo até quatro cortes adicionais nas taxas ao longo do ano. As incertezas políticas e comerciais continuam a ser temas de debate, suscitando um crescimento nulo para a zona euro no segundo semestre de 2025 e um aumento da inflação.

Os especialistas destacam que é fundamental acompanhar a evolução da Euribor e as suas consequências no mercado imobiliário. Com previsões otimistas e dados que reforçam um cenário positivo, muitos começam a reavaliar as suas estratégias de investimento e financiamento. A desflutuação das taxas de juro e as quedas da Euribor podem criar oportunidades significativas para novos investimentos e compras no setor imobiliário, apresentando-se como um ponto de viragem para a economia na próxima fase.

Para mais informações e relatórios sobre a situação do mercado imobiliário e as suas dinâmicas, recomendamos que acompanhes as notícias e análises atualizadas.