Redução Chocante no Data Center de Lisboa!
Durante a última assembleia de acionistas, Ismael Clemente, CEO da Merlin Properties, revelou uma decisão surpreendente que promete alterar o panorama dos data centers em Lisboa. Inicialmente projetado para operar com uma capacidade de 108 megawatts (MW), o futuro data center da empresa na capital portuguesa iniciará suas atividades com apenas 36 MW. Esta significativa redução coloca várias questões sobre os desenvolvimentos futuros no setor de data centers na região.
De acordo com Clemente, esta decisão está diretamente ligada a um novo regulamento que entrará em vigor a 15 de maio, aprovado ainda durante o mandato do anterior presidente norte-americano, Joe Biden. Surpreendentemente, a atual administração do presidente Donald Trump não reverteu esta política, resultando em restrições severas às importações de tecnologia essencial para a operação de data centers. Esta medida afeta diretamente a estratégia da Merlin Properties em Portugal, embora a empresa planeie compensar essa redução expandindo sua capacidade em Madrid, onde as restrições não se aplicam.
Apesar deste revés, o clima na assembleia foi relativamente otimista. Clemente destacou os "resultados magníficos" obtidos pela empresa no primeiro trimestre do ano, ressaltando, contudo, que esses resultados refletem um período antes do impacto das políticas comerciais de Trump. A interação das políticas americanas com os negócios internacionais continua a ser um tema de grande relevância e incerteza para o futuro dos investimentos estrangeiros em infraestruturas críticas como os data centers.
Por outro lado, José Luis de Mora, presidente da Merlin, expressou confiança total na equipe de gestão, apesar de anteriores discrepâncias com o acionista maioritário, o Banco Santander. Esta confiança é um sinal positivo para os investidores e stakeholders da empresa, indicando um compromisso contínuo com a estabilidade e crescimento a longo prazo, mesmo face a desafios significativos.
O setor dos data centers é crucial para a economia digital moderna, e alterações na capacidade de grandes projetos como este em Lisboa podem ter repercussões amplas. Este desenvolvimento reforça a necessidade de acompanhar de perto as interações entre política comercial, tecnologia e investimento imobiliário.