Proprietários de habitações na China, cuja obra ficou
inacabada em virtude da situação precária das construtoras, recusam pagar as
prestações dos Imóveis.
A China solicitou aos bancos que atribuíssem mais crédito às construtoras do país que enfrentam obstáculos, em virtude do crescente número de proprietários que contestam pagar a prestação dos imóveis, agravando a crise de liquidez no setor.
Proprietários de habitações na China, cuja obra ficou inacabada em virtude da situação precária das construtoras, recusam pagar as prestações dos Imóveis.
Analistas do banco de investimento norte-americano Jefferies apontam, segundo um relatório, que "a lista [de projetos afetados] duplicou nos últimos três dias", estimando um défice para as construtoras em 388 mil milhões de yuans, o que corresponde a 57,5 mil milhões de euros.
As pré-vendas são a maneira mais comum na China de vender imóveis.
A recusa em pagar as prestações é particularmente preocupante, uma vez que ameaça também o sistema financeiro.
O regulador ameaçou os bancos, a "atender às necessidades de financiamento razoáveis dos negócios imobiliários".
É fundamental "fazer um bom serviço de atendimento ao cliente [...] para honrar contratos, cumprir compromissos e proteger os legítimos direitos e interesses dos compradores", destacou o regulador bancário e de seguros.
O Setor Imobiliário e a construção contribuem para mais de um quarto no PIB (Produto Interno Bruto) da China e foram um essencial motor do crescimento económico do país nas duas últimas décadas.
Para diminuir os níveis de alavancagem no setor, em 2021, os reguladores chineses passaram a exigir às construtoras um teto de 70 por cento na relação entre passivo e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, provocando uma crise de liquidez no setor.
Nos últimos meses, as construtoras Sunac e Shimao tornaram-se as mais recentes construtoras chinesas a entrar em incumprimento. O caso mais emblemático envolve a Evergrande Group, cujo passivo supera o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.
A crise no imobiliário tem fortes implicações para a classe
média do país. Em relação a um mercado de capitais exíguo, o setor concentra
uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas - cerca de 70%, segundo
diferentes estimativas.
Fonte: SUPERCASA
Veja também o artigo: