Desaceleração das Rendas de Casas em Portugal: O Que Esperar para 2025?

No início de 2025, as rendas das casas pagas pelos inquilinos em Portugal iniciaram um ciclo de desaceleração que promete continuar. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que as rendas de habitação voltaram a abrandar o ritmo de subida para 5,2% em maio. Este dado é significativo, uma vez que para observar um crescimento tão lento das rendas é necessário recuar mais de um ano.

O Que Diz o INE?

A variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado foi de 5,2% em maio de 2025, comparado a 5,3% no mês anterior. Portanto, mesmo com um aumento, a taxa de crescimento está a diminuir. Durante vários meses de 2024, as rendas estavam a aumentar em torno de 7%, e a recente desaceleração reflete uma mudança no mercado de arrendamento.

Análise Geográfica

Analisando a situação em diferentes regiões, todas apresentaram variações homólogas positivas nas rendas de habitação. A Madeira destacou-se com o aumento mais intenso, registando uma subida de 7,5%. Esta variação geográfica é importante, pois indica que, enquanto a média nacional está a desacelerar, algumas áreas ainda estão a experimentar um crescimento notável nas rendas.

Variações Mensais

Em termos de variação mensal, o valor médio das rendas de habitação por metro quadrado registou uma alteração de 0,3% em maio de 2025, comparado com 0,4% no mês anterior. Mais uma vez, a Madeira mostrou-se a região com a variação mensal positiva mais elevada, atingindo 0,4%. É importante notar que não se registou qualquer região com variação negativa do valor médio das rendas de habitação, o que pode indicar uma certa estabilidade no mercado.

Contratos de Arrendamento

As estatísticas apresentadas pelo INE consideram os contratos de arrendamento que estão atualmente em vigor e não apenas os novos. Isso é relevante pois mostra um panorama mais realista do que está a acontecer no mercado, influenciado por fatores como a inflação e a procura por habitação.

O Que Podemos Esperar?

O futuro do mercado de arrendamento em Portugal dependerá de múltiplos fatores, incluindo a recuperação económica pós-pandemia, as políticas de habitação implementadas pelo governo e as dinâmicas locais em cada região. Com a descida da taxa de crescimento das rendas, muitos inquilinos poderão, eventualmente, sentir algum alívio, mas a pressão continua devido à procura ainda elevada por imóveis.

Portanto, enquanto a desaceleração é uma boa notícia para aqueles que procuram arrendar uma casa, é importante acompanhar as tendências do mercado e estar atento a desenvolvimentos que possam influenciar esta dinâmica nos meses e anos vindouros.

Continue informado sobre o mercado imobiliário e as tendências de arrendamento para tomar decisões mais informadas.