Descubra como as taxas de juro do crédito habitação em Portugal estão a mudar o jogo financeiro do setor imobiliário!
A situação das taxas de juro aplicadas aos créditos à habitação em Portugal continua a apresentar oscilações significativas, com descidas notáveis mês após mês. A descida da Euribor e a contratação de taxas mistas mais acessíveis são os fatores principais que têm contribuído para essa tendência. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em abril, a taxa de juro implícita caiu para 3,663%, uma diminuição de 7,2 pontos base (p.b) em comparação com março.
Este declínio nas taxas de juro é um bom sinal para aqueles que estão a considerar a compra da sua casa, mas não se enganem - a realidade dos novos empréstimos à habitação revela que os juros subiram ligeiramente, situando-se em 3,060%.
O INE também destacou que a taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 3,663%, que é inferior em 7,2 p.b. ao valor do mês anterior (3,735%). Esse movimento representa uma redução acumulada de 99,4 p.b. desde o pico histórico de 4,657% alcançado em janeiro de 2024. Este é um alívio significativo para os mutuários.
A aquisição de habitação, o pagamento de juros e o impacto do capital amortizado também merecem destaque. A taxa de juro implícita para contratos destinados à compra de casa caiu para 3,644%, o que representa uma diminuição de 7,1 p.b. face a março. Este é um aspecto vital a ter em conta, pois a compra de casa é um dos destinos de financiamento mais relevantes no crédito à habitação.
Apesar da queda nos juros, a prestação média da casa (montante mensal) estabeleceu-se em 396 euros em abril, dois euros menos em relação a março e oito euros abaixo do que foi registado em abril de 2024. Contudo, os juros ainda constituem a maior parte do pagamento mensal:
- Pagamento de juros: 213 euros (54% do total);
- Capital amortizado: 183 euros (46%).
O que pode surpreender é que a redução da prestação mensal não reflete a descida dos juros, uma vez que o capital médio em dívida tem aumentado. Em abril, o capital médio em dívida alcançou 70.413 euros, o que representa um aumento de 384 euros em comparação com o mês anterior.
Por outro lado, os juros nos novos créditos à habitação, embora ainda baixos, registaram um aumento em abril. A taxa de juro subiu de 3,048% em março para 3,060% em abril (+1,2 p.b.). Contudo, o montante médio da prestação da casa para novos contratos foi também afetado, resultando num aumento de 17 euros, alcançando 621 euros em abril, com uma subida de 1,6% em termos homólogos.
A crescente divida também desempenha um papel crucial na evolução destes números. O montante médio em dívida para novos contratos de crédito à habitação disparou para 150.231 euros em abril, o que representa um acréscimo substancial de 5.724 euros em relação a março.
Em suma, a dinâmica das taxas de juro do crédito à habitação em Portugal continua a evoluir. Embora a descida das taxas possa ser uma boa notícia para muitos, a realidade é que os novos contratos e o incremento do montante em dívida revelam um cenário financeiro mais complexo que merece a atenção de todos os interessados no setor imobiliário.